Em 1919, o Tratado de Versalhes dita o início de um período de grande instabilidade socioeconómica e política para a Alemanha, uma vez que segundo este diktat (tratado imposto, sem hipótese de negociação ou contestação) era a culpada da guerra e via-se então perante vastas perdas de territórios e população, a perda de todas as suas colónias (o que constituía uma fonte de matérias-primas e mercado de escoamento de produtos), da sua frota de guerra, das minas de carvão do Sarre para a França (por 15 anos), e ainda se viu obrigada a pagar pesadas indemnizações aos países vencedores, pelos prejuízos causados pela 1ª Guerra.
Os Estados Unidos da América, em crescente ascensão devido à ausência de destruições e perdas demográficas mínimas na 1ª Guerra (Europa foi o 'palco de guerra'), aproveitam a fragilidade dos países europeus para se tornarem seus credores, concedendo empréstimos à Alemanha para reconstruir o seu território e pagar as dívidas à Inglaterra e à França, e à Inglaterra e à França para estas potências se revitalizarem. Cria-se um triângulo económico entre a Alemanha, a Inglaterra e França, e os EUA, que punha os últimos numa posição de destaque.
Assim, os EUA sofreram um crescimento na indústria, agricultura, métodos de produção, criando espaço para a especulação e para um crescimento que provocou excesso de otimismo nos investidores, um crescimento frágil, falso e precário. 24 de Outubro de 1929 é a data que marca o início da crise nos EUA, com o Crash na Bolsa de Wall Street. As falências dos acionistas, bancos, empresas e, finalmente, falências pessoais, tornaram-se consecutivas, formando um ciclo vicioso de crise.
Se os EUA estavam em crise, torna-se óbvia a retirada dos capitais americanos do estrangeiro, o que leva a uma Mundialização da Crise.
A Alemanha, ainda em ruínas devido aos estragos da 1ª Guerra Mundial, vê-se sem os capitais dos EUA, e é a maior afetada pela crise americana: a produção é escassa, logo, os preços inflacionam, a moeda desvaloriza a níveis catastróficos, a população vive em condições de miséria, o desemprego é galopante (em 1931, há cerca de 4 milhões de desempregados), a dívida externa impagável, e o governo mostra-se incapaz de solucionar os problemas.
O Partido Nazi ascende com a sua promessa de emprego para todos, da propaganda agressiva utilizada, e a violência e intimidação incutidas através das milícias armadas (SA e SS).
Em 1932 o Partido Nazi ganha as eleições e em 1933 Hitler torna-se chanceler da Alemanha, acumulando em 1934 o cargo de presidente e impondo o Nazismo, baseado na superioridade da raça ariana, no racismo (principalmente antissemita), expansionismo/imperialismo, repressão, culto do chefe e culto da obediência.
O resultado desta forma política é satisfatório em termos económicos, mas bastante questionável em termos éticos e morais.
Por: Tomás Garcez nº30
Fontes:
- Apontamentos do Caderno
- Google Imagens
(a atualizar)
Simplesmente perfeito. Um resumo do que exatamente eu precisava!
ResponderEliminarmuito bom esse resumo
ResponderEliminarótimo esse resumo
ResponderEliminarótimo esse resumo
ResponderEliminarum bom resumo
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