terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Comunismo na China

Fundado em 1921, O Partido Comunista da China passou por momentos de dificuldade. Numa primeira fase foi orientado pelo Komintern (organização internacional fundada em março de 1919, para reunir os partidos comunistas de diferentes países). Quando Chiang Kai-shek assumiu o Kuomintang (partido político que governa a República da China), em 1927, ordenou o massacre de milhares de comunistas em Xangai,  iniciando uma guerra civil entre o Partido Comunista da China e o Kuomitang. 


Bandeira do Partido Comunista da China
Chiang Kai-shek

Os confrontos entre os dois lados reduziram-se com a invasão japonesa em 1937. Após a rendição do Japão (em 1945, com o fim da 2ª Guerra Mundial), o Partido Comunista da China, venceu o Kuomitang que começou a desmoronar-se face às bem-sucedidas operações militares dos comunistas, diminuindo a confiança na sua administração. A República Popular da China foi proclamada (1 de outubro de 1949), e a vitória comunista completou-se quando o governo nacionalista fugiu de Chongqing para Taiwan, em dezembro daquele ano. Mao Tsé-tung implanta na China a sua interpretação do marxismo-leninismo, assinando um tratado de amizade sino-soviético que coloca a china sobre a esfera Soviética. Porém, ao contrário da URSS que se apoiava no proletariado, Mao apoiou-se nos camponeses.Esta diferença levou á existência de uma nova variante do Comunismo – o Maoísmo.

Mao a declarar a fundação da República Popular da China


Selo Chinês - comemoração da assinatura do Tratado de Amizade Sino-Soviético de 1950.
 Aperto de mão entre Estaline e Mao Tsé-tung. 


Em 1957, devido aos maus resultados económicos do primeiro plano quinquenal (realizado em parceria com a URSS), é lançada na China uma campanha de retificação dos erros cometidos pelo partido. Em 1958, Mao Tsé-Tung,lança uma campanha denominada de ”Grande salto em frente” que pretendia tornar a China uma nação desenvolvida e socialmente igualitária em tempo recorde, acelerando a coletivização dos campos e a industrialização urbana. O primeiro plano, inflexível, fez aumentar a superfície cultivada e o aumento da produção agrícola no país. O segundo  incentivou a industrialização. A iniciativa revelou-se um desastre, resultando em cerca de 20 milhões de mortes, em decorrência da fome.

Mao mostra a extensa terra chinesa a um grupo de camponeses (cartaz de propaganda)


A partir de 1960, as constantes críticas de Mao á política de Kruchetchev (governou a URSS entre 1953-64) levam a China afasta-se definitivamente do bloco Soviético. Este afastamento deveu-se a vários fatores como, o facto de Mao considerar que a política de Kruchetchev se está a desviar do ideal socialista, a coexistência pacífica com os EUA a quando dos misséis de Cuba em que este recua quando se dá o bloqueio marítimo, tal como podemos observar no video, e a negação por parte da URSS de tecnologia nuclear á China.




Mao responsabilizado pelo fracasso do plano “Grande salto em frente” foi afastado do poder. Fazendo uma “Revolução Cultural” como contragolpe político, Mao convocou a formação das chamadas Guardas Vermelhas, milícias formadas por jovens doutrinados pelo chamado Livro Vermelho, da autoria de Mao, que continha orientações para os fiéis à revolução para a perseguição dos opositores.
Em consequência da grande adesão, vários dissidentes e intelectuais foram perseguidos pelo regime maoísta. As artes e a produção de conhecimento perderam a sua autonomia em função dos interesses políticos de Mao Tsé-tung. As obras deveriam retratar uma visão positiva do processo revolucionário. Por fim, Mao recupera o poder e transforma a China numa grande Potência Mundial.

Livro vermelho de Mao Tsé-tung

Guarda vermelha


















Bibliografia:


Trabalho elaborado por: Márcia Carneiro, nº22, 12º I.

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