quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Imobilismo politico e crescimento económico

Durante o período da segunda guerra mundial, Portugal manteve uma posição de neutralidade, permitindo assim que o regime que Salazar implantou no país se mantivesse. Portugal teve um ritmo económico lento e que não acompanhavam outros países mais desenvolvidos, levando a certas consequências como a emigração e levou a estagnação do mundo rural.

O mundo rural

O mundo rural tem características bastante distintas mas destaca-se pelas piores razões, isto é, é um mundo bastante pobre, muito pouco povoado e os índices de produtividade não são equivalentes aos restantes países europeus, para além disso, foram realizados estudos para se resolver certos problemas que levavam a que a agricultura portuguesa não obtivesse produtividade. O redimensionamento da propriedade, porque a norte as terras eram minifúndio, ou seja, eram pequenas,levando a que fosse impossível a entrada das maquinas nos campos e a sul as terras eram latifúndio ,mas eram tão grandes que acabavam por ser mal aproveitadas; era necessário rever a situação dos rendeiros porque grande parte das terras eram cultivados sobre o regime de arrendamento precário, levando a um mau aproveitamento e pouco investimento.
Para se resolver estes problemas, realizaram-se planos de reforma, que tiveram como “pensamento principal” a exploração agrícola média mecanizada, para assim se assegurar um rendimento favorável aos proprietários das terras e elevar o consumo de produtos industriais. Mas houve uma oposição contra estes planos de reforma, acabando por não se realizar as alterações propostas. Os preços baixos dos produtos,a diminuição do produto agrícola nacional,a diferença entre o consumo alimentar e a produção e a preferência pela a industria levou a que a agricultura se situa-se em segundo plano, existisse um maior desinteresse pela mesma e que se de-se um grande défice. Com isto sucedeu um êxodo rural, em grande quantidade.

Emigração… 

Com certos períodos, como a crise de 1929 e com a segunda guerra mundial, Portugal viu-se perante um crescimento demográfico ,que sobrepovoou o pai,levando a que existisse bastante em mão-de-obra,ou seja, excesso de mão-de-obra, levando a que a economia não “aguentasse”.
Nesta situação económica e demográfica, em que o pais se encontrava, deu-se um movimento das pessoas do campo tanto para as cidades do litoral , como para o estrangeiro. Em 1960, principalmente nesta década, as pessoas sentiram-se atraídas pelos salários da industria,que comparados aos de Portugal,eram muito mais agradáveis; A guerra colonial também foi uma das razões com que fez com que as pessoas se deslocassem , principalmente homens, porque era obrigatório o recrutamento para a guerra, realizando-se assim a emigração ilegal; mais razões que levaram a emigração foi a pobreza extrema e a falta de liberdade que era dada em Portugal.
O português que emigrava era principalmente trabalhadores, ou seja, agricultores,assalariados,trabalhadores do sector primário,com idade entre 15 e 29 anos, que
se deslocavam principalmente para França, Brasil, América do norte e sul,entre outros destinos, porque ofereciam bastante mão de obra.
Tal como referi anteriormente, a emigração era feita ilegalmente porque o regime imposto no pais tinha certas habilitações para ser feita a emigração como: o exame de 3ºclasse, tinham de ter mais de 14 anos, serviço militar cumprido.
O estado português queriam proteger e oferecer regalias os emigrantes, nos países que escolheram como destino de “acolhimento”, e através de benefícios sociais e livres transferências de remunerações para Portugal vai fazer com que o pais beneficie com isso,dando-se o nome de remessas dos emigrantes.  As remessas levaram a um aumento de consumo interno , a emigração clandestina foi despenalizada e a balança de pagamentos equilibrou .
Com esta emigração deu-se uma mudança de mentalidades e mudaram estruturas.

Surto industrial

Portugal era bastante dependente do estrangeiro em termos de matérias primas,energia, e produtos industriais. Com os principais fornecedores,de abastecimentos ,de Portugal,envolvidos na guerra, tornaram precários, os mesmos,levando a uma grande falta de abastecimento.
Em 1945, dá-se a lei do fomento e a reorganização industrial que tinham como objectivo substituir as importações.
Em 1948, Portugal assina OECE e onde verifica que é necessário um planeamento económico. Então em 1953 até 1958, dá-se o 1plano de fomento onde se dava importância a industrialização para existir uma melhoria na vida das pessoas. Este 1plano distribuiu por certos sectores os investimentos públicos para criar infra-estruturas ,como por exemplo comunicações,transportes..). O 2 plano de fomento ,desde1959 até 1964, os investimentos foram aumentados mas privilegiaram o sector da industria transformadora como a siderurgia,adubos, químicos…Em 1960 Portugal é um dos fundadores da EFTA, e aderiram ao FMI e ao BIRD, integrando-se assim na economia mundial e europeia. Em 1965 até 1967 dá-se o plano intercalar de fomento ,onde se reviu a condição industrial. Em 1968, Marcelo Caetano sobe ao poder e dá-se o 3plano de fomento até 1973,onde a mentalidade era completamente diferente da de salazar, permitiu concorrência no mercado, uma politica de exportações,uma captação de investimentos estrangeiros e a entrada de novas tecnologias.
Apesar disto,o pais continuava atrasado relativamente a Europa.

Urbanização

Em Portugal deu-se nos anos de 50 a 60 ,uma intensa urbanização. As industrias e os serviços localizavam-se no litoral. No Porto e em Lisboa, a população situava-se nos subúrbios porque não tinham dinheiro para pagar habitações no centro.
Esta urbanização não se deu com a construção de infra-estruturas,faltavam habitações sociais, estruturas sanitárias,uma rede de transportes levando assim a consequências como
construções ilegais a bairros de lata,a longas esperas por os transportes e a viagem eram feita em condições miseráveis,aumento de criminalidade e prostituição. O lado bom desta situação foi o maior interesse e acesso ao ensino e aos meios de comunicação e a expansão do sector dos serviçõs ,dando origem a população escolarizada com capacidade de intervenção a nível politico e social.

Fomento económico nas colónias

Até aos anos 40, o regime de salazar desenvolveu um colonialismo com características típicas, onde tinha como principais bases a produção de produtos primários, mas nas décadas seguintes,existiu a colonização branca devido a investimentos públicos e privados e uma maior abertura ao capital estrangeiro.
Os investimentos nas colónias por parte do Estado, foram incluídos nos planos de fomento destinando para as mesmas verbas.
Nas colónias deu-se a criação de infra-estruturas, desenvolveram-se sectores agrícolas e extractivo.
O sector industrial cresce devido a expansão do mercado interno e pelo reforço dos investimentos nacionais e estrangeiros .










 Bibliografia...
Livro: Tempo de História A 

 Trabalho realizado por:
Andreia Cabral  nº:5

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