quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Guerra Fria

O despontar do antagonismo.

Harry Turman
Após o final da Segunda Guerra Mundial, os países do Leste, gratos ao exército vermelho pelo mesmo os ter libertado do domínio nazi, enveredaram por uma doutrina semelhante da URSS. Assim, com a ajuda do regime comunista russo, os partidos comunistas nos referidos países ganhavam cada vez mais terreno. No ano de 1947 tal domínio acentuou-se com a criação do Kominform, um organismo através do qual a URSS exercia controlo sobre os países da Europa Oriental. Os países da Europa Ocidental demonstravam-se adversos a estes avanços comunistas, possuindo receios relativamente ao modelo capitalista que possuíam e defendiam fervorosamente. O comunismo era visto como algo a conter. A "cortina de ferro” que Churchill afirmou existir num dos seus discursos no ano de 1946, demonstrava-se uma realidade cada vez mais presente. No ano de 1947, os EUA acabaram por assumir a liderança da oposição aos avanços comunistas, a partir do famoso discurso de Truman, Presidente no momento, onde este expõe a sua doutrina. Truman dividia o mundo em dois sistemas. Primeiramente existia o modo de vida da Europa Ocidental e dos EUA, que tinha por base o capitalismo e a liberdade: “Um dos modos de vida baseia-se na vontade da maioria e distingue-se pelas suas instituições livres, por um governo representativo, por eleições livres, pelas garantias de liberdade individual, de liberdade de expressão e de religião e pela ausência de opressão politica.” Por outro lado, existia o modo de vida baseado na opressão que a URSS e os restantes países do Leste defendiam: “O segundo modo de vida baseia-se na vontade da minoria imposta pela força à maioria. Assenta no terror e na opressão, numa imprensa e numa rádio controladas, em eleições viciadas e na supressão de liberdades individuais.”. Ainda segundo Truman, a nação americana deveria ajudar a Europa na contenção do comunismo e a reerguer-se na vertente económica: “ (…) A política dos Estados Unidos deve ser a de apoiar os povos livres que se encontram a desenvolver acções de resistência contra as tentativas de subjugação lançadas por minorias armadas e apoiadas por pressões externas. (…) A nossa ajuda deverá ser essencialmente de natura económica e financeira, essencial à estabilidade económica e a uma vida política serena.”. Com o pretexto de ajudar ao crescimento económico europeu, visto que o continente se encontra devastado no contexto do pós-guerra, surge o Plano Marshall. Criado no ano de 1947, é um plano de ajuda económica à Europa. Contudo, os EUA tinham outros dois objectivos com o mesmo. Em primeiro lugar, visto que os países se encontravam a ultrapassar penosas dificuldades, o descontentamento populacional poderia aumentar ao ponto de as pessoas desejarem enveredar por um regime comunista, o que não era em nada benéfico para os EUA, grandes capitalistas. Por outro lado, acabavam por travar também importantes relações com variados países. O Plano acabou por só chegar à Europa Ocidental, apesar de oferecido de igual modo aos países do Leste. Contudo, estes acabaram influenciados pelas ideias soviéticas acerca do mesmo, que o consideravam apenas uma “manobra imperialista”, isto é, afirmavam que os EUA apenas prestavam auxílio para garantirem que controlavam as nações. 

Jdanov
No ano de 1947, Jdanov, importante dirigente soviético, respondeu ao discurso de Truman, formalizando de igual modo a opinião da nação soviética acerca dos EUA. Este afirmou que o mundo se dividia em dois polos, tal como Truman havia dito. Contudo, as características diferiam tremendamente. Em primeiro lugar existiam os EUA, um mundo que não respeitava a democracia e imperialista: “ (…) Campo imperialista e antidemocrático de um lado. (…) Os Estados Unidos são a principal força dirigente do campo imperialista, a Inglaterra e a França estão unidas aos Estados Unidos. (…) O seu objectivo consiste no fortalecimento do imperialismo, da preparação de uma nova guerra imperialista, na luta contra o socialismo e a democracia, assim como no apoio a todos os regimes e movimentos reaccionários, antidemocráticos e pró-fascistas.”. Por outro lado, afirmava que existia o mundo soviético, democrático e defensor da fraternidade: “ O outro campo é constituído pelas forças anti-imperialistas e democráticas. A sua força reside na URSS e nas novas democracias.”. Para responder ainda ao Plano Marshall, a URSS lançou o Plano Molotov, no ano de 1949, que estabelece variadas estruturas de cooperação económica da Europa de Leste. É no âmbito deste plano que surge o COMECON, uma instituição cujo objectivo residia na promoção do desenvolvimento conjunto dos países comunistas. Existia uma ruptura total. De um lado encontrávamos o mundo capitalista, liderado pelos EUA, defensor do capitalismo, do pluripartidarismo e da economia de mercado, sendo que, a este grupo pertenciam os países da Europa Ocidental. Por outro lado encontrávamos o mundo socialista, liderado pela URSS, defensor da democracia popular e da economia planificado, do qual faziam parte os países da Europa Oriental. Tudo isto era apenas o início da ruptura.

Questão Alemã e Acontecimentos marcantes
Mundo Capitalista

NATO e outras alianças


Perante os avanços comunistas, os EUA não tardaram a perceber que era essencial travar os mesmos e as alianças a outros países com o meu objectivo eram necessárias à concretização do mesmo. No ano de 1949, graças ao Tratado do Atlântico Norte, assinado pelos EUA, Canadá e outras nações europeias, surge a NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte. O nascimento desta organização político-militar surge no contexto da tensão provocada pelo Bloqueio de Berlim. Os seus membros afirmavam que a preservação da sua cultura, em vários pontos comum, dependia da existência de uma capacidade a nível individual e colectivo de resistir a qualquer tipo de ataques armados por parte de outras nações. Ou seja, não passa de uma organização defensiva. Os principais pontos destacados nos artigos do Tratado do Atlântico Norte representam exactamente os princípios anteriormente referidos: “ Art. 1º: As Partes comprometem-se (…) a regular por meios pacíficos todas as divergências internacionais em que possam encontrar-se envolvidas para que não façam perigar a paz (…); Art. 5º: As Partes acordam que um ataque armado contra uma ou mais de entre elas que sobrevenha na Europa ou na América do Norte será considerado como um ataque dirigido contra todas as Partes e, em consequência, (…) cada uma delas, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou colectiva, (…) assistirá a Parte ou Partes assim atacadas, tomando imediatamente, individualmente ou de acordo com as demais, as acções que julgue necessárias, incluindo o emprego da força armada (…) ”. Além da NATO, os EUA não tardaram a tecer outras alianças por todo o Mundo, de teor politica e económico – OTAN; ANZUS; OTASE; OEA; CENTO; Tratados Bilaterais. Estes tratados acabaram por criar uma espécie de “cerco” à URSS, visto que as alianças que os EUA possuíam cercavam por completo a mesma.

Socialismo Reformista e Democracia Cristã

Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa encontrava-se extremamente devastada. A democracia de outrora, defensora das liberdades individuais, não era o suficiente para as nações. Além das anteriores condicionantes, o regime democrático devia demonstrar uma preocupação altíssima com o bem-estar dos cidadãos e com a justiça. Além da influência da Guerra no aparecimento de ideologias que em muito se preocupavam com as questões sociais das populações, também a crise dos anos 30 demonstrara a importância da intervenção do Estado. Surgem assim duas forças políticas com base nestes princípios. Primeiramente encontramos a ideologia Social-democrata. Esta defendia a conjugação do pluripartidarismo democrático e livre-concorrência com o intervencionismo estatal, apenas para regular a economia e ajudar a população a garantir o seu bem-estar, visto que, através de uma regulamentação, cair numa situação de miséria era menos ocorrente. Este controlo estatal deveria ser exercido principalmente sobre os grandes sectores da economia. Contudo, os impostos deveriam de igual modo aumentar, sendo que, a esta ideologia apenas interessava redistribuir a riqueza pela população através dos organismos de ajuda social. Contudo, apesar de em muito renegar os princípios marxistas, em alguns países, a mínima referência de comunismo assustava as populações, que acabaram por enveredar por outras opções, nomeadamente a Democracia Cristã. Esta tinha a sua origem na doutrina social da Igreja e acabava por condenar os excessos do capitalismo, defendendo o bem-estar das populações. O plano temporal e o plano espiritual deveriam estar sempre em concordância e os princípios da religião cristã deveriam orientar a vida política dos seus seguidores. Os governos desta ideologia orientavam-se segundo princípios como o humanismo, a liberdade, a solidariedade e a justiça. Apesar de serem ideologias diferentes, acabam por possuir pontos em comum, visto que promoveram variadas reformas económicas e sociais, como as nacionalizações que aconteceram no pós-guerra. Além disso, o Estado transforma-se na entidade reguladora da economia e aumenta os impostos para as pessoas com mais posses, de modo a redistribuir a riqueza. Todos estes acontecimentos e medidas deram origem ao denominado Estado-Providência. Surgido no Reino Unido, este é o Estado que congrega na verdadeira acepção da palavra o bem-estar das populações. As medidas tomadas em território inglês, principalmente a da criação de um serviço nacional de saúde gratuito, influenciaram em muito as outras nações que seguiram o modelo inglês. Surgem assim os subsídios de ajuda às situações de desemprego e acidente, as reformas por velhice ou doença e prestações de ajuda aos mais pobres e às famílias. O Estado-Providência, com tais medidas, conseguia reduzir a miséria existente e variados problemas sociais que traziam descontentamento populacional, evitava descidas drásticas de procura como acontecera nos anos 30 e ainda conseguia travar em parte os avanços comunistas, visto que as populações estavam contentes com as novas medidas. 

 Prosperidade económica


O crescimento económico do pós-guerra realizou-se em bases sólidas e o capitalismo acabou por atingir o seu auge nesta altura. Entre o ano de 1945 e 1973, a produção mundial triplicou e as economias cresceram de uma forma excepcional, sem registar qualquer tipo de crise, apenas pequenos abrandamentos normais. Estes anos ficaram conhecidos como os “Trinta Gloriosos”. Em primeiro lugar, assistimos a uma aceleração frenética do progresso tecnológico. As inovações revolucionaram os meios de produção e a vida quotidiana da população. De igual modo importante foi o aumento da concentração industrial e o surgimento de variadas multinacionais. Fabricantes de produtos para o mundo inteiro e existentes em todos os sectores possíveis, investem grandes quantias na investigação o que acaba por estar intimamente relacionado com os avanços tecnológicos já referidos. Em terceiro lugar, existiu um recurso tremendo ao petróleo. Nos anos 60 os principais países fornecedores eram os do Médio Oriente e a sua abundância e baixo preço provocaram tremendas alterações benéficas para a economia. Acontece de igual modo um aumento da população activa graças ao baby-boom verificado nos anos 40 e 60, ao aumento da mão-de-obra feminina e à imigração. A mão-de-obra era agora mais qualificada. No meio de tudo isto a agricultura também não foi deixada de parte, assistindo-se a uma modernização da mesma. A produtividade aumentou em larga escala, sendo que a mesma recebera importantes investimentos, tecnologias e os agricultores possuíam agora uma mentalidade mais dada à inovação e ao ramo dos negócios empresariais. Daqui também surge imensa mão-de-obra para as indústrias, visto que a máquina ocupa variados lugares de empregados, que migram para a cidade, dando origem a um vasto êxodo rural. Por último assistimos de igual modo a um avassalador crescimento do sector terciário devido ao maior grau de escolaridade, ao aumento das trocas comerciais, aos serviços sociais e ao aumento da complexidade da administração de muitas empresas. Os postos de trabalho neste sector aumentam a uma velocidade impressionante.

Sociedade de consumo


“Vivo, logo compro. (…) A liberdade consiste em comprar, vender, trocar, aproveitar os saldos (…). A felicidade consiste na criação ininterrupta de novas necessidades e de novos produtos para satisfazê-las.” Era esta a nova máxima das sociedades. Devido ao elevado número de empregos, salários consideráveis e produção maciça de bens, as pessoas afundaram-se novamente na compra de outros bens que não os gastos na alimentação, visto que esses estavam controlados. Os novos aparelhos modernos como o telefone a televisão multiplicaram-se nos lares das nações capitalistas, bem como os automóveis. Além disto, as férias pagas também acabaram por demonstrar que a vida merecia ser aproveitada da melhor forma e que o dinheiro deveria ser gasto em tudo o que era desejado. As grandes empresas não se faziam de rogadas e aproveitavam para estimular o cliente a comprar mais do que necessários, através da publicidade inovadora e dos grandes espaços comerciais, onde os produtos se encontravam organizados de uma determinada forma para levar o comprador à loucura. As vendas a crédito voltaram novamente a ser uma constante, visto que a partir das mesmas era passada a imagem que o comprador tudo poderia adquirir. O consumismo na época dos Trinta Gloriosos foi levado ao extremo, sendo que vários objectos até passavam de moda.


Mundo Comunista

Politica expansionista

Tanques da URSS na Primavera de Praga

Após o final da Segunda Guerra Mundial, o enaltecimento da URSS como uma superpotência e o processo de descolonização africano e asiático beneficiaram um muito a expansão do comunismo, realizada sob a tutela da nação soviética. A URSS alargou assim a sua influência a outros territórios e acabou por espalhar a sua ideologia socialista, para desespero do mundo capitalista. Os países da Europa do Leste foram os primeiros atingidos por esta expansão. No ano de 1948 os partidos comunistas dessas nações já haviam tomado o poder e instaurado uma série de medidas que tornavam a vida politica, económica e social das populações semelhante à da URSS. Estes países foram designados como democracias populares. Os moldes de governo eram extremamente semelhantes aos soviéticos. O Estado era governado pelas classes trabalhadoras, que, supostamente, exerceriam a sua força através do Partido Comunista. Contudo, apesar do sufrágio universal, o único partido permitido era o Comunista, sendo que os seus dirigentes ocupavam altos cargos no Estado, que, por sua vez, controlava por completo a vida da população. Um exemplo de um país do Leste que aderiu ao comunismo é a Checoslováquia. Na sua Constituição, publicada no ano de 1948, conseguimos perceber vários pontos intimamente relacionados com o modo de vida socialista: “Art. 13º: Todas as escolas pertencem ao Estado; Art.22ª: A radiodifusão e a televisão constituem um direito exclusivo do Estado; Art.37: São puníveis todas as manifestações e actividades que ameacem a independência, integridade e unidade do Estado (…) ”. No ano de 1955 procedeu-se à criação do Pacto de Varsóvia como que uma resposta à NATO, sendo que podemos ver isso, principalmente no seguinte artigo do documento: “ Art.4º: Em caso de agressão armada na Europa contra um ou vários dos estados signatários do Tratado (…) cada Estado signatário (…) exercendo o seu direito à autodefesa individual ou colectiva (…) concederá ao Estado ou estados vitimas de uma tal agressão assistência imediata.”. A URSS Não permitiu desvios do modelo comunista que havia implementado nos países do Leste, sendo que, sempre que aconteceram manifestações que iam contra os regimes comunistas, a mesma intervinha através da força. Um desses acontecimentos mais cruéis e conhecidos foi a “Primavera de Praga”, na Checoslováquia. Os tanques soviéticos garantiram que tudo continuava no mesmo rumo através de uma forte repressão. Assim, é de fácil percepção que os países que estavam ao abrigo do Pacto de Varsóvia não detinham soberania praticamente nenhuma, sendo controlados pela URSS. Para proteger melhor ainda a sua influência no Leste, a URSS não hesitou em construir, no ano de 1961, o Muro de Berlim, que separava, agora fisicamente, as duas metades do mundo.
Ásia, América Latina e África

Fidel Castro
O único país onde a implementação do comunismo se deu graças à URSS fora da Europa foi na Correia. Libertada no fim da guerra, acabou dividida em Correia do Norte e Correia do Sul devido às divergências entre russos e americanos. Aquando da invasão da República Democrática da Correia, apoiada pelos americanos, pela República Popular da Correia, apoiada pelos soviéticos, iniciou-se uma violenta guerra que durou cerca de três anos (1950-1053). Este foi um dos conflitos localizados onde EUA e URSS participaram em lados opostos e demonstraram a tensão existente entre ambos. Ainda na Ásia, no ano de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou o nascimento de uma República Popular. Alguns meses após a instauração do regime, URSS e China assinaram um Tratado de Amizade. A China seguiu nos primeiros anos o modelo soviético mas acabou por se afastar do mesmo. Nos anos 60 e 70 o comunismo começou a surgir na América Latina e na África. Em Cuba, no ano de 1959, Fidel Castro derrubou o ditador apoiado pelos americanos, Fulgêncio Batista. Perante tal, Castro e o seu governo não recebe qualquer ajuda americana, acabando por aceitar o apoio da URSS. No ano de 1962 sucede-se a crise dos misseis de Cuba. Encontravam-se instalados em território cubano misseis soviéticos apontadas para a cidade americana de Miami, sendo que, tal quase leva a uma Terceira Guerra Mundial. Contudo, Kruchtchev manda retirar os misseis e Kennedy concorda em nunca mais tentar derrubar o regime cubano. Cuba acaba por desempenhar um papel essencial da propagação do comunismo pelo globo, nomeadamente no continente africano, onde influencia a instauração de regimes comunistas em Angola e Moçambique.

Economia Planificada e Bloqueios Económicos 

Brejnev
Apesar de sair vencedora da guerra, a URSS, juntamente com os países da Europa Oriental, viram-se a braços com uma devastação tremenda. Contudo, a sua reconstrução foi rápida, sendo que, nos vinte anos a seguir à guerra as taxas de crescimento económico haviam ultrapassado as dos países capitalistas. Após a guerra, a URSS retomou a economia planificada: “Terminada a guerra sobre os nossos inimigos, a União Soviética entrou numa nova etapa de paz e desenvolvimento económico. (…) Cabe ao povo soviético a tarefa (…) de seguir em frente, de forma a criar as condições de um novo e poderoso impulso da economia nacional.”. As infra-estruturas e indústria pesada receberam as principais atenções. Também nos países do Leste é implementada a economia planificada, sendo que a prioridade continua a ser a indústria pesada e assiste-se à nacionalização das diferentes instituições. A industrialização foi um êxito. Contudo, a agricultura e o nível de vida das populações foi relegado para segundo plano. Relativamente ao sector agrícola o mesmo não recebeu as atenções necessárias: “O ritmo de crescimento da agricultura socialista acusa um atraso nítido relativamente ao ritmo de crescimento da indústria e das necessidades de consumo da população.”. Relativamente às condições de vida, as horas de trabalho continuavam excessivas, a construção habitacional encontrava-se degradada e o sector terciário poucos avanços demonstravam. Contudo, após todo este crescimento começaram a surgir problemas. As empresas estão sujeitas a tudo o que o Estado deseja, não possuindo qualquer tipo de autonomia. A burocracia prevalecia e apenas ligava à quantidade e não à qualidade dos produtos. Os investimentos no sector agrícola eram praticamente nulos. A estagnação económica era agora uma realidade. Perante tal, são tomadas em prática uma série de medidas pelo mundo soviético, iniciando as mesmas, como seria de esperar, na URSS. Um plano iniciado em 1959 voltou-se agora para as indústrias de consumo e para a agricultura. Tomam-se de igual modo medidas sociais, sendo que o número de horas de trabalho por semana foi reduzido e a idade da reforma estende-se. As empresas acabam também por ganhar uma maior autonomia. Contudo, estas medidas pouco alteraram, sendo que as economias pouco cresceram. Na década de 70 a situação piorou, iniciando um período de corrupção tremendo e reforçando a burocracia das instituições. Na altura foram implementados novos planos sendo que os mesmos deram prioridade à exploração dos recursos naturais, como o ouro, o gás e o petróleo na Sibéria. Contudo, os gastos com os dois planos revelaram-se muito alto, e a economia acabou por sofrer novo decréscimo. Todos estes problemas acabaram por reflectir as falhas da economia planificada. No fim dos anos 80, todos estes problemas, levam à falência dos regimes comunistas.

Conclusão

O antagonismo sentido em todo o globo durante o período de Guerra Fria foi aterrador, sendo que as populações receavam um despontar de um novo conflito à escala mundial. No final dos anos 80 assistiu-se a uma aproximação dos dois blocos e, no ano de 1989, com a queda do muro de berlim, o mundo bipolar acabou por cair.

Fontes:
- Manual "O Tempo da História", 12º ano, Célia Pinto Couto e Maria Monterroso Rosas, Porto Editora
- Guia de Estudo do Aluno, História A 12º ano, Porto Editora
- Google
- Wikipédia
- Apontamentos da aula

Trabalho realizado por:
Ana Sofia Cardoso, 12ºI nº3

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