domingo, 15 de abril de 2012

Fim do modelo soviético


A partir dos finais dos anos 70 do século XX a União Soviética mostrava diversos sinais de desgaste e estagnação. O mundo socialista entrou ao mesmo tempo em crise, sem respostas e sem renovação devido à dinâmica pouco empreendedora das economias.
 Na U.R.S.S. apesar de algumas reformas desenvolvidas, desde os anos sessenta, como a das reformas laborais, porém o esforço desenvolvido não teve a correspondente contrapartida. A corrupção aumentou nesses mesmos anos e mesmo os IX e X planos quinquenais não tiveram os efeitos esperados, eclodindo assim uma crise.
 Com crise instalada e a morte de Brejnev em 1982, Andropov (chefe do KGB), tornou-se secretário-geral do PCUS e passou a liderar a URSS até 1984 ano da sua morte. Chernenko sucedeu-lhe mas por pouco tempo, entre 1984 e 1985, que também acaba por perder a sua vida, assim, Gorbatchev sucede-lhe como secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética tendo como principal missão uma política de modernização em todos os sectores e de aproximação com o Ocidente e particularmente os E.U.A. país com o qual as relações se vinham deteriorando desde há muito com a presidência de Reagan e devido à questão afegã.
 Foram então tomadas algumas medidas, como o reinício das conversações sobre desarmamento, medidas internas de reforma política e económica, a Perestroika com a adopção de uma política interna de transparência Glasnost.

A Perestroika tinha como objectivo:
    -Descentralizar a economia
    -Estabelecimento de gestão autónoma das empresas, privadas de ajudas e apoios estatais.
    Incentivos à formação de um sector privado parcial para estimular a concorrência e a competitividade mas também para contrariar a escassez de bens de consumo.

 A Glasnost tinha como objectivo:
    -Procura combater a corrupção
    -Crítica aberta e livre aos órgãos políticos
    -À participação activa na vida política

 Colapso da Cortina de Ferro e da Europa Socialista
  O fim da política centralizadora da URSS levou à contestação crescente no bloco socialista europeu contra os regimes da Europa Oriental.
 Na Polónia o sindicato Solidariedade liderado por Lech Walesa, criou em 1980 movimentos de forte contestação política e social ao governo polaco liderado por Jaruzelski. Os operários dos estaleiros de Gdansk apelavam a melhores salários e contra a carestia de vida, tendo assim visto as suas reivindicações satisfeitas. O papa João Paulo II, (polaco) apoiou a luta dos operários polacos dando um sinal de forte apoio da Igreja Católica à luta pelas liberdades e ao fim do comunismo na Europa e no mundo. 
    A doutrina da soberania limitada posta em acção por Brejnev nos anos sessenta deu lugar à implantação de regimes livres e democráticos por todo o mundo socialista da época. Em 1989 há lugar, em vários dos países comunistas europeus, a uma vaga de transformação e liberalização política e social que permitiu a implantação de regimes democráticos e mudanças políticas determinantes para a história europeia como a queda do muro de Berlim e o fim da República Democrática Alemã sucedendo-lhe em Outubro de 1990 a unificação alemã.
    Em Novembro de 1990 é extinto o Pacto de Varsóvia e dissolvido o Comecon, pondo um ponto final à política socialista.

Fim da U.R.S.S.

 O fim da U.R.S.S. eclodiu com a independência da Estónia em 1988 e em 1990 a Lituânia e a Letónia, Gorbatchev perplexo com tais processos de independência enviou tropas e interveio nas repúblicas bálticas em 1991 mas a intervenção de Ieltsin presidente da República da Rússia no golpe político de 1991 impediu o endurecimento do regime proibindo as actividades do Partido Comunista. Como conclusão do processo, a maioria das repúblicas da União pediram a independência nos finais de 1991 nascendo então a CEI (Comunidade de Estados Independentes) à qual aderiram 12 das 15 antigas repúblicas.

Transição para a economia de mercado
  A economia soviética deteriorou-se fortemente ao longo dos anos noventa devido às transformações políticas operadas: acabaram os subsídios do Estado às empresas o que leva à extinção de muitas das unidades de produção e de um aumento acentuado do desemprego, a liberalização económica provocou inflação e perda do poder de compra e assim verificou-se um rápido enriquecimento muitas vezes ilícito de certos sectores restritos da burguesia russa e dos antigos altos funcionários da nomenklatura em resultado da privatização forçada das empresas e do mercado negro que cresceu rapidamente devido às carências ao nível do consumo.
 Nos antigos países da Cortina de Ferro a transição para a economia de mercado verificou-se com iguais dificuldades. A transição foi muito rápida e com fracos apoios externos (excepção da antiga RDA) resultando em crise devido a: agravamento das desigualdades, empobrecimento acelerado das sociedades da Europa Central, grandes disparidades regionais 

Bibliografia:
Wikipedia.com
Manual, O tempo da história 12ºAno 3ªparte Modulo 9 Tema 1
Apontamentos da aula


Trabalho realizado por: Marcos Sousa nº23 12ºI

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