quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Mundo Comunista


O Mundo Soviético ou Comunista é caracterizado por ter um regime fechado, repressivo, com partido único e centralismo democrático. Em termos económicos possuía uma economia nacionalizada e planificada. A sua sociedade era pobre, maioritariamente agrícola, sem classes e com baixo consumo.
Os lideres soviéticos, Nikita Kruchtchev de 1953 a 1964 e Leonidas Brejnev de 1964 a 1982, quiseram, após a 2ª Guerra Mundial, expandir o comunismo por todo o mundo pois só existiam dois países de cariz comunista, a URSS e a Mongólia. Tanto com Kruchtchev como com Brejnev acabariam por conseguir esse feito pelos restantes continentes: Europa, Ásia, África e América Latina.
Após a 2ª Guerra Mundial começaram a aparecer novos países mundiais inspirados no modelo soviético.
Na Europa:
A extensão do comunismo deu-se primeiramente na Europa Oriental a partir de 1945 e até 1949, sobre o olhar e a pressão da URSS. Nesta altura os partidos políticos passariam a partidos únicos e estes novos países iriam “abraçar” o estilo de vida presente na União Soviética. Estes países recentemente comunistas, Jugoslávia, Bulgária, Albânia, Polónia, Roménia, Checoslováquia, Hungria e RDA (República Democrática Alemã), passariam a chamar-se de democracias populares. Estas representavam os interesses dos trabalhadores e controlava as instituições, a economia, a sociedade e a cultura, através do partido único.
Mais tarde em 1955, depois do comunismo estar consolidado na Europa Oriental, as democracias populares integrariam o Pacto de Varsóvia, a retaliação dos russos relativamente a NATO.  Esta aliança militar serviria para ripostar em caso de alguma agressão.
Comunismo na Europa em 1949

Na Ásia:
A expansão comunista chegou a Ásia com a Mongólia em 1924 mas só em 1948 é que começou a divulgar o comunismo pelos restantes países asiáticos. Os novos países comunistas na Ásia seriam a Birmânia, a Tailândia, Laos, Cambodja, Vietname do Norte e do Sul, China e Coreia do Norte.
Centremos a nossa atenção nestes dois últimos.
No caso da Coreia foi com o despoletar da guerra da Coreia, 1950 a 1953, que assistimos a uma maior união entre a URSS e a Coreia do Norte. Durante a guerra a Coreia do Norte foi apoiada pela URSS enquanto a Coreia do Sul foi apoiada pelos E.U.A.
No caso da China o comunismo iria chegar por intermédio de Mao Tsé-Tung, que instaurou neste país uma República Popular. Com isto a URSS conseguiu um grande aliado no continente asiático.
Na América Latina:
Na América Latina o principal foco de atenção da expansão comunista foi em Cuba, liderada por Fidel Castro e Che Guevara que teve uma atenção particular por parte da URSS. Isto deveu-se devido á sua localização próxima dos E.U.A. A confirmação de que Cuba tinha ligações com a Rússia surgiu quando aviões americanos fotografaram misseis russos de médio alcance direccionados a pontos estratégicos do território americano.
Só com os diálogos entre Kruchtchev e Kennedy é que a crise dos misseis ficou resolvida. Os E.U.A. não derrubariam o regime cubano e a Rússia retiraria os misseis.
Imagens dos misseis russos em território cubano

Em África:
No caso africano a divulgação do comunismo só surgiu após a 2ª vaga de descolonização, por exemplo com os casos de Angola e de Moçambique.

Economias de controlo estatal/direcção central:
Com o pós-2ª Guerra Mundial a URSS e outros países da Europa Oriental ficaram com as suas economias abaladas. Campos destruídos, cidades arrasadas e indústrias devastadas foram alguns do prejuízos existentes. A reconstrução do país rapidamente surgiu. Recuperaram-se os planos quinquenais existentes nos anos 20. Estes eram visados para a indústria pesada e para as infraestruturas. Investiu-se no armamento militar devido a situação da Guerra Fria. Os restantes países comunistas seguiram o exemplo da URSS, coletivizaram a economia e investiram na indústria pesada.
Destruição deixada pela 2ª Guerra Mundial

Relativamente às economias tanto da URSS como dos países recentemente comunistas, as repúblicas populares, passaram a chamar-se de economias de controlo estatal, ou seja, economias em que houve a abolição da iniciativa privada substituindo-a pelo estado. Estas mais tarde iriam demonstrar algumas fraquezas.
Em 1959, Kruchtchev faz reformas económicas e sociais e investe na agricultura, em bens de consumo e cria melhores condições sociais criando habitações.
Nikita Kruchtchev

Estes investimentos começaram a mostrar as suas debilidades ou fraquezas já faladas. O nível de vida da população fica na mesma mesmo com o avanço económico, horas de trabalho continuam excessivas, salários pobres com subidas mínimas e falta de bens essenciais. Dá-se ainda uma explosão demográfica junto da industrias em que a população fica amontoada em bairros periféricos com habitações sem qualidade.
As empresas não conseguem ser elas a escolher as produções, equipamento ou trabalhadores existentes devido a forte planificação e burocracia que resultava num entrave ao investimento. Dá-se maior importância á indústria pesada em vez de se privilegiar a agricultura, produção de bens de consumo e construção civil.
Mais tarde, após a implementação do plano quinquenal proposto por Kruchtchev é que se começa a ver medidas para melhorar as condições da população. O trabalho semanal passa de 48 para 42 horas, a idade da reforma é também reduzida beneficiando os trabalhadores agrícolas. Nas empresas existem incentivos para a produtividade através de prémios.
Em medidas iriam ficar abaixo das expectativas.
Nos anos 70 com Brejnev existe uma estagnação económica que é comum aos restantes países do leste europeu. Existe uma forte corrupção e um uso excessivo do culto da personalidade alastram-se para um reforço da burocracia.  

Estas dificuldades vividas na URSS iriam ser visíveis nos restantes países comunistas.


Trabalho realizado por: Bruno Fernandes 

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