quarta-feira, 18 de abril de 2012

A União Europeia



Introdução


Depois da II Guerra Mundial ter chegado ao fim, chegou-se à conclusão nas Conferências de Ialta e Potsdam que a Europa se tinha que unir para evitar um novo conflito e para que todos os países se pudéssem reconstruir apoiando-se uns aos outros. Eram um continente antigo e com muita história e, por isso, as diferentes culturas que partilhavam o espaço europeu tinham raízes comuns na Grécia. Churchill defendeu em 1946 a necessidade de se refazer estas raízes que deveriam unir a Europa. Procurava-se criar uma "Europa Unida"!

A Consolidação da Comunidade



No ano de 1948, três países decidiram criar o BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). Era uma área económica em que existia o livre comércio entre os países que dela faziam parte. Este foi o grande impulso que acabaria por conduzir à CEE (Comunidade Económica Europeia) com a entrada da Alemanha, da Itália e da França. Isto sucede-se em 1957, através do Tratado de Roma.
Este Tratado, estabeleceu uma união aduaneira, ou seja, um mercado comum aos países aderentes. Para que tal fosse possível, as barreiras alfandegárias entre os diferentes Estados deveriam deixar de existir. Foi também criada a PAC (Política Agrícola Comum), que defendia a adopção de medidas proteccionistas dentro do espaço da CEE e que permitia aos agricultores europeus evitarem a concorrência de outros países no mercado. No Tratado de Roma, ficou também estabelecido que os países só podiam fazer parte da CEE se reconhecessem os Direitos Humanos, fossem democracias pluralistas, manifestassem desenvolvimento social e tivessem solidez financeira.


No entanto, a credibilidade depositada no sucesso da Comunidade não era muito grande e só quando Jacques Delors ocupou o lugar de presidente da Comissão Europeia em 1985 é que se acalmaram os ânimos e surgiu um novo dinamismo. Este homem foi considerado um dos pais da União Europeia pelas medidas que tomou. Em 1986, foi criado o Acto Único Europeu, o qual previa a criação de um mercado único na CEE. Deste modo, era pretendido que pessoas, bens e capitais circulassem livremente pelo espaço económico europeu, reduzindo os entraves. Passou-se a usar uma moeda única em todos os países que aderiram, o Euro, cujo símbolo grego representava as raízes que os europeus tinham em comum.


Porém, este tipo de mercado trazia alguns problemas que precisavam de ser resolvidos, tais como: desentendimentos entre países, má organização, criminalidade e insegurança. Depois de Delors publicar o Livro Branco, em 1988, com a finalidade de explicar a necessidade da criação deste mercado, estavam lançadas as bases para que este se concretizasse em 1993, a data prevista.
No ano anterior, em 1992, foi feito o Tratado de Maastricht que pretendia aumentar as responsabilidades da Comunidade. Foi então criada a União Europeia e passou a existir a cidadania europeia, a cooperação política extena e a segurança comum. Em 1999, dá-se o Tratado de Amesterdão e o euro entra oficialmente nos mercados europeus. Foi também criado o Banco Central Europeu que tratava da política monetária da União Europeia. A moeda única foi o maior passo dado para a "Europa Unida" desejada desde o fim da II Guerra Mundial.
Erguendo-se novamente, a Europa surgiu cheia de força, igualando os EUA como potência comercial apresentado mão-de-obra muitíssimo qualificada e grandes redes de transportes e de comunicação.

Da Europa dos 9 para a Europa dos 25


Com a queda dos regimes autoritários que vigoravam em Portugal, Espanha e na Grécia, a CEE acabou por ter mais três membros, primeiramente pela Grécia em 1981 e depois pelos outros dois países em 1985. A Comunidade disponibilizou ajudas monetárias para que estes países pudessem reestrutar as suas economias atrasadas. Em 1992, mais três países se juntaram à UE: Suécia, Áustria e Finlândia. A Noruega também se candidatara, no entanto, acabou por não aderir porque o povo norueguês não rejeito através de um referendo. Estas nova adesões foram óptimas para a nova União de 15, uma vez que, todos estes novos países apresentavam economias bem estruturadas e sólidas que podiam ajudar economicamente.
Num tempo em que a Guerra Fria ainda estava presente na mente de todos e em que a ameaça do comunismo, ainda recente, não tinha sido esquecida, a União Europeia ajudava os países de Leste a começarem a dar os primeiros passos no capitalismo sem, no entanto, os deixar fazer parte da comunidade. Em 1993, através da Cimeira de Copenhaga onde os critérios de adesão se tornam oficiais. A UE, conta então, desde 1 de Maio de 2004, com o Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, República Checa, Letónia, Hungria, Lituânia, Polónia e Malta. Três anos mais tarde, a Bulgária e a Roménia passam também a abranger o grande leque da União Europeia.



Dificuldades de construção de uma Europa política

As opiniões dividem-se no que diz respeito ao futuro da União Europeia. Se por um lado se defende que devia continuar o mesmo sistema de colaboração, por outro existem defensores federalistas de uns Estados Unidos da Europa com um governo único. A Inglaterra opõe-se determinantemente a fazer parte desse governo federalista, assim como se opôs à adesão ao Euro. Mas, como este exemplo, existem muitos outros. Isso implicaria a perda de soberania dos países que fizessem parte da UE. Para muitos cidadãos comuns, a Europa é apenas o continente em que habitam e não lhes diz muito, o que se torna um entrave à adesão a esta medida federalista.
A União Europeia tem a obrigação de conjugar os interesses de todos os países que dela fazem parte e, por isso, o funcionamento das instituições é constantemente revisto. Em 2002, foi feita uma Convenção para o Futuro da Europa, que pretendia a criação de medidas para a aproximação dos europeus, estruturando a política de forma estável. Assim, surgiu um projecto de Constituição Europeia que instituiu, por exemplo, a eleição de um Ministro dos Negócios Estrangeiros para que a política externa fosse desenvolvida. Em 2007, foi assinado o Tratado de Lisboa que aumentou o direito dos cidadãos a participarem na vida política europeia.

Lista de países da União Europeia



Alemanha
Áustria
Bélgica
Bulgária
Chipre
Dinamarca
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estónia
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Hungria
Inglaterra
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Polónia
Portugal
República Checa
Roménia
Suécia

O Hino Europeu

É conhecido como o Hino da Alegria e é uma das sinfonias de Beethoven.




Trabalho realizado por :
Filipe Lima nº16

terça-feira, 17 de abril de 2012

As transformações demográficas, sociais e culturais após a integração de Portugal na CEE

     Com a integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia, a 1 de Janeiro de 1986, foi possível verificarem-se imensas alterações a nível demográfico, social e cultural no nosso país. Desde a integração que, numa fase inicial, Portugal viveu um período de dificuldades económicas. Os impostos haviam aumentado, os créditos cresciam de uma forma inacreditável, os investimentos industriais internos não se revelaram competitivos de modo que faziam com que a nossa dependência económica com o exterior se mantivesse alta. Assim, também o desemprego aumentou.

Documento 1 

     A nível demográfico, já no início do 2º milénio, encontramos em Portugal uma população muito envelhecida. A taxa de natalidade era muito reduzida, e tal como podemos verificar após análise do documento 1, em 2001 a taxa de natalidade desce repentinamente. Deu-se também um grande aumento dos valores relativos às emigrações, assim como se verificou a desertificação do interior. Em Portugal, nesta altura, no interior, ficam apenas os mais velhos e os mais novos "partem" à procura de melhores condições de vida. Dá-se assim a litoralização e o forte aumento populacional nas grandes áreas suburbanas do nosso país, é significativo.


Documento 2



     Portugal surge também como que um país de imigrações. Desde cedo (fim dos anos 70) que a vaga imigratória havia começado, contudo no início do milénio, o número de imigrantes aumenta como forma de proveito do acordo de livre circulação no "Espaço Schengen". (documento 2)
     A partir de 2000, Portugal denota ainda um aumento do número de chineses no nosso país que, rápida e eficazmente se instalaram  no mercado de trabalho, através da criação de lojas de comércio a retalho e restauração.


     Após a integração de Portugal na CEE, a sociedade também começou por se revelar uma sociedade com a mente aberta a novas ideias.
     A mulher emancipa-se e para a sociedade, deixa de ser quem deve ficar em casa a tratar da lida doméstica e a cuidar dos seus filhos e passa a ser parte da população activa, entrando assim no mercado de trabalho.
     Já no contexto família, o mesmo se sucede, ficando o homem e a mulher no mesmo pé de igualdade.
     Neste período, os país começam a revelar uma forte preocupação com a escolarização dos seus filhos e desta forma, investem continuamente na mesma. Tal deve-se ao facto de entretanto, a população activa passar a ter melhores condições de trabalho e ser melhor remunerada, e também ao facto de existir uma maior facilidade no acesso ao ensino (incluindo o ensino superior). Em suma, as condições de vida melhoram e isso faz com que a população passe a investir em segundos bens que numa fase de dificuldades, não investiria.



Documento 3

     E é assim que se dá o desenvolvimento cultural do nosso país após a integração de Portugal na CEE. Passa-se a frequentar locais de lazer, onde são discutidos temas de toda a espécie, passa a haver um interessa na leitura, quer de revistas, quer de jornais, como forma de conhecimento da actualidade em questão, assim como de livros. Na literatura, destaca-se José Saramago com a conquista do 1º Prémio Nobel da Literatura (Documento 3).
     Surgem também estações televisivas independentes do Estado, o que fez com a cultura da população portuguesa se modificasse completamente.
     A nível tecnológico, podemos destacar ainda o surgimento de novos aparelhos de som, imagem e de vídeo, e até os telemóveis que hoje em dia, se tornam um objecto quase que indispensável para grande parte da sociedade portuguesa.
     Como tudo, também existem desvantagens com todas estas transformações, quer a nível cultural, quer a nível das mentalidades. Entre elas, podemos destacar, por exemplo, o grande aumento do consumo de electricidade, consequente das inovações tecnológicas.
     Em suma, podemos concluir que, apesar de na década de 80, Portugal ter passado por um período de dificuldades económicas que na actualidade se está a repetir, no final dos anos 90 e na entrada para o 2º milénio, Portugal sofreu uma série de mudanças, num período após a sua integração na Comunidade Económica Europeia.

Bibliografia:

- Manual de História A 12 "O Tempo da História", 3ªParte, Porto Editora
- Site do Instituto Nacional de Estatística (www.ine.pt)
- Wikipédia

Realizado por:

Maria João Borges 12ºI Nº25

Os Tigres Asiáticos

Localização dos Tigres Asiáticos


O termo Tigres Asiáticos refere-se às economias desenvolvidas de :

Hong Kong;

Coreia do Sul;

Singapura;

Taiwan.

Estes territórios e países apresentaram grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização entre as décadas de 1960 e 1990.

Localização:


Região Sudeste da Ásia. Ver localização dos países membros no mapa :


Países membros


Fazem parte dos Tigres Asiáticos: Coreia do Sul, Taiwan , Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailândia, Indonésia e Filipinas ( sendo os últimos quatro denominados de Novos Tigres Asiáticos) .

A partir da década de 1980, alguns territórios do Pacífico malaio-asiático começaram a apresentar altos índices de crescimento económico e influência no mercado mundial, sendo por isso designados tigres asiáticos. Seguiram como modelo o sucesso Japonês, também devido à sua proximidade geográfica. Tal como aconteceu com o Japão estes países tinham poucos recursos minerais e energéticos, porém as suas populações tinham mentalidades semelhantes à nipónica sendo povos leais, determinados e com grande vontade e capacidade de trabalhar.

Os Tigres asiáticos alcançaram o desenvolvimento com um modelo económico exportador. Estes territórios produziam todo tipo de produtos tendo em vista exportá-los para países industrializados.

Eles encararam, também, a educação como um meio de aumentar a produtividade. Os países melhoraram o sistema educacional a todos os níveis, assegurando que todas as crianças frequentassem o ensino básico e o ensino secundário. Também investiu-se na melhoria do sistema universitário. Além disso, destaca-se a prática de incentivos fiscais a multinacionais.

Como os "Tigres" eram relativamente pobres durante a década de 1960, tinham abundância de mão de obra barata. Juntamente com a reforma educacional os países conseguiram aproveitar essa vantagem, tendo, assim,  uma mão de obra de baixo custo, mas muito produtiva.

Isto é visível na seguinte tabela que demonstra a evolução do fluxo de Comércio dos denominados de "Tigres Asiáticos" no período de 1990 a 1998.







Fontes: 
Texto :Wikipédia
Manual : "O Tempo da História 3ª Parte História 12º Ano"

Imagens: Google 


Trabalho realizado por: David Moreira 12ºI nº 11

domingo, 15 de abril de 2012

AS RELAÇÕES COM OS PAÍSES LUSÓFONOS E COM A ÁREA IBERO-AMERICANA

PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), UE (União Europeia) e CIA (Comunidade Ibero-Americana): quatro siglas que representam os principais parceiros de Portugal no que diz respeito às relações políticas e económicas a nível externo.
Num mundo globalizado controlado pela cultura anglo-saxónica, torna-se bastante positiva valorização e privilégio de uma língua e de uma tradição, a lusofonia, afirmando uma identidade e património um pouco pelo mundo.


PALOP:


Os PALOP, ou seja, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, são cinco países lusófonos (Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique), ex-colónias portuguesas, e que têm vindo a firmar protocolos de assistência e cooperação ao nível da economia, educação, ciência e técnica, saúde, cultura e formação dos recursos humanos.

No que toca à educação, constituíram-se parcerias que conduzem a um fenómeno de globalização da educação, alicerçado em ações e programas que incentivam a mobilidade de estudantes e professores entre países ou até mesmo, por exemplo, a divulgação de tecnologias de informação e comunicação que facilitam o ensino à distância.

Angola tem-se mostrado uma evolução bastante positiva no que toca às relações de natureza económica com Portugal, sendo que podemos ler num artigo da Sapo Notícias, de 17 de Julho de 2010, o seguinte: "Em meros dez anos, Angola passou do 10º lugar na lista das exportações portuguesas para um inequívoco quarto lugar, tornando-se assim no principal parceiro comercial de Portugal fora do espaço comunitário. O inverso também é verdade: entre 2005 a 2009, os investimentos angolanos em Portugal aumentaram 131%".
Em Maio de 1996 é assinado um Acordo de Cooperação Financeira entre estes dois países, onde estabelecem em três planos as bases da sua cooperação: o plano da Cooperação Tradicional, assente na Capacitação Institucional e na Valorização dos Recursos Humanos; o plano da participação de Portugal no Programa de Reabilitação Comunitária; e o plano da Cooperação Empresarial.
Desde essa altura, Angola é, dentro dos PALOP, o mais importante parceiro comercial, sendo que dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) demonstram que em Novembro de 2008 28% das exportações portuguesas para fora da União Europeia foram para a Angola.

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe empenham-se na inserção cultural na comunidade lusófona, sendo que as relações com Cabo Verde são mutuamente vantajosas. Para além de Portugal ser o principal parceiro comercial de Cabo Verde, este tem vindo a ganhar peso na balança comercial portuguesa, sendo que em 2009 se tornou o 15º destino preferencial das exportações nacionais, ultrapassando a China e a Rússia, e sendo superado em termos de lusofonia apenas pela Angola e Brasil.

As relações com Moçambique e Guiné-Bissau são as mais difíceis, devido às gravitações destes na órbita de outros países: Moçambique ligado à Inglaterra devido à Commonwealth e Guiné-Bissau ligada à França devido à área francófona em que se insere.


BRASIL:


Portugal e Brasil são historicamente apelidados de "irmãos", e a sua relação vem confirmá-lo.
Lula da Silva (presidente do Brasil até Janeiro de 2011), em entrevista ao jornal Expresso, em 5 de Maio de 2006, afirmou: "Por muitos anos, Brasil e Portugal mantiveram relações que eu descrevo como essencialmente sentimentais (...). Portugal há alguns anos vem procurando dar nova qualidade a nossa relação. (...) De um lado, intensificando os laços económicos, haja em vista o aumento dos investimentos lado a lado. (...) Ao mesmo tempo, o crescimento da presença de empresas brasileiras em Portugal mostra as amplas oportunidades para construirmos parcerias e projetos comuns".
Estes dois países mantêm uma relação muito mais que meramente económica, sendo programas de televisão, espetáculos, congressos e, mesmo, laços familiares fatores de aproximação, algo que é acentuado com os fluxos migratórios significativos que existem entre eles.
As relações económicas com o Brasil registaram um aumento nos anos 90, devido à integração de Portugal na Comunidade Europeia e à estabilização financeira do Brasil com o Plano Real (1994), e ao fim da Guerra Fria.
Enquanto o Brasil contribui com produtos primários, Portugal investe na metalomecânica, têxtil, energias alternativas, turismo e telecomunicações no mercado brasileiro, fazendo grandes empresas como a EDP e a Sonae lucrar bastante com esta proximidade.


CPLP:


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi fundada em 1996, sendo constituída por Portugal, Brasil, os PALOP e, desde 2002 (data da sua independência), Timor-Leste.
As relações entre esta comunidade são de natureza diversa, desde a cooperação económica, à social, cultural, jurídica e técnico-científica, sendo os seus obejtivos gerais a concertação político-diplomática entre seus estados membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional; a cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social; e a materialização de projectos de promoção e difusão da língua portuguesa.


ÁREA IBERO-AMERICANA:

(XVII Conferência Ibero-Americana - Santiago do Chile)

A Área Ibero-Americana é sem dúvida importante para Portugal no sentido de ganhar visibilidade e prestígio. Constituída pelos países ibéricos Portugal e Espanha, e por inúmeros países da América (essencialmente Latina) como Brasil, Uruguai, Venezuela, Chile, Argentina, entre outros, tem por base o intercâmbio, essencialmente a nível educativo e cultural, mas também a nível económico e científico.
Realizam-se, desde 1991, cimeiras ibero-americanas de chefes de Estado e de Governo, para promover a cooperação e o desenvolvimento entre os países-membros.
Desde o início a cooperação ibero-americana tem contado com grande empenho de Portugal, sendo a Direcção Geral do Ensino Superior responsável pelo acompanhamento da área do Ensino Superior, nomeadamente no âmbito da criação do Espaço Ibero-americano do Conhecimento.



Em jeito de conclusão, podemos afirmar que as relações que Portugal efetua com o mundo lusófono e com a área ibero-americana, pelo poder que constituem, pela população que abarca (só nos EUA reside um milhão de portugueses) são bastante importantes numa conjuntura de crise económica e social, sendo com estes que Portugal protagoniza algumas das suas mais destacadas inciativas políticas no Mundo, promovendo acordos de cooperação económica e cultural e iniciativas de paz.


BIBLIOGRAFIA:

Fim do modelo soviético


A partir dos finais dos anos 70 do século XX a União Soviética mostrava diversos sinais de desgaste e estagnação. O mundo socialista entrou ao mesmo tempo em crise, sem respostas e sem renovação devido à dinâmica pouco empreendedora das economias.
 Na U.R.S.S. apesar de algumas reformas desenvolvidas, desde os anos sessenta, como a das reformas laborais, porém o esforço desenvolvido não teve a correspondente contrapartida. A corrupção aumentou nesses mesmos anos e mesmo os IX e X planos quinquenais não tiveram os efeitos esperados, eclodindo assim uma crise.
 Com crise instalada e a morte de Brejnev em 1982, Andropov (chefe do KGB), tornou-se secretário-geral do PCUS e passou a liderar a URSS até 1984 ano da sua morte. Chernenko sucedeu-lhe mas por pouco tempo, entre 1984 e 1985, que também acaba por perder a sua vida, assim, Gorbatchev sucede-lhe como secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética tendo como principal missão uma política de modernização em todos os sectores e de aproximação com o Ocidente e particularmente os E.U.A. país com o qual as relações se vinham deteriorando desde há muito com a presidência de Reagan e devido à questão afegã.
 Foram então tomadas algumas medidas, como o reinício das conversações sobre desarmamento, medidas internas de reforma política e económica, a Perestroika com a adopção de uma política interna de transparência Glasnost.

A Perestroika tinha como objectivo:
    -Descentralizar a economia
    -Estabelecimento de gestão autónoma das empresas, privadas de ajudas e apoios estatais.
    Incentivos à formação de um sector privado parcial para estimular a concorrência e a competitividade mas também para contrariar a escassez de bens de consumo.

 A Glasnost tinha como objectivo:
    -Procura combater a corrupção
    -Crítica aberta e livre aos órgãos políticos
    -À participação activa na vida política

 Colapso da Cortina de Ferro e da Europa Socialista
  O fim da política centralizadora da URSS levou à contestação crescente no bloco socialista europeu contra os regimes da Europa Oriental.
 Na Polónia o sindicato Solidariedade liderado por Lech Walesa, criou em 1980 movimentos de forte contestação política e social ao governo polaco liderado por Jaruzelski. Os operários dos estaleiros de Gdansk apelavam a melhores salários e contra a carestia de vida, tendo assim visto as suas reivindicações satisfeitas. O papa João Paulo II, (polaco) apoiou a luta dos operários polacos dando um sinal de forte apoio da Igreja Católica à luta pelas liberdades e ao fim do comunismo na Europa e no mundo. 
    A doutrina da soberania limitada posta em acção por Brejnev nos anos sessenta deu lugar à implantação de regimes livres e democráticos por todo o mundo socialista da época. Em 1989 há lugar, em vários dos países comunistas europeus, a uma vaga de transformação e liberalização política e social que permitiu a implantação de regimes democráticos e mudanças políticas determinantes para a história europeia como a queda do muro de Berlim e o fim da República Democrática Alemã sucedendo-lhe em Outubro de 1990 a unificação alemã.
    Em Novembro de 1990 é extinto o Pacto de Varsóvia e dissolvido o Comecon, pondo um ponto final à política socialista.

Fim da U.R.S.S.

 O fim da U.R.S.S. eclodiu com a independência da Estónia em 1988 e em 1990 a Lituânia e a Letónia, Gorbatchev perplexo com tais processos de independência enviou tropas e interveio nas repúblicas bálticas em 1991 mas a intervenção de Ieltsin presidente da República da Rússia no golpe político de 1991 impediu o endurecimento do regime proibindo as actividades do Partido Comunista. Como conclusão do processo, a maioria das repúblicas da União pediram a independência nos finais de 1991 nascendo então a CEI (Comunidade de Estados Independentes) à qual aderiram 12 das 15 antigas repúblicas.

Transição para a economia de mercado
  A economia soviética deteriorou-se fortemente ao longo dos anos noventa devido às transformações políticas operadas: acabaram os subsídios do Estado às empresas o que leva à extinção de muitas das unidades de produção e de um aumento acentuado do desemprego, a liberalização económica provocou inflação e perda do poder de compra e assim verificou-se um rápido enriquecimento muitas vezes ilícito de certos sectores restritos da burguesia russa e dos antigos altos funcionários da nomenklatura em resultado da privatização forçada das empresas e do mercado negro que cresceu rapidamente devido às carências ao nível do consumo.
 Nos antigos países da Cortina de Ferro a transição para a economia de mercado verificou-se com iguais dificuldades. A transição foi muito rápida e com fracos apoios externos (excepção da antiga RDA) resultando em crise devido a: agravamento das desigualdades, empobrecimento acelerado das sociedades da Europa Central, grandes disparidades regionais 

Bibliografia:
Wikipedia.com
Manual, O tempo da história 12ºAno 3ªparte Modulo 9 Tema 1
Apontamentos da aula


Trabalho realizado por: Marcos Sousa nº23 12ºI