Introdução
Depois da II Guerra Mundial ter chegado ao fim, chegou-se à conclusão nas Conferências de Ialta e Potsdam que a Europa se tinha que unir para evitar um novo conflito e para que todos os países se pudéssem reconstruir apoiando-se uns aos outros. Eram um continente antigo e com muita história e, por isso, as diferentes culturas que partilhavam o espaço europeu tinham raízes comuns na Grécia. Churchill defendeu em 1946 a necessidade de se refazer estas raízes que deveriam unir a Europa. Procurava-se criar uma "Europa Unida"!
A Consolidação da Comunidade
No ano de 1948, três países decidiram criar o BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). Era uma área económica em que existia o livre comércio entre os países que dela faziam parte. Este foi o grande impulso que acabaria por conduzir à CEE (Comunidade Económica Europeia) com a entrada da Alemanha, da Itália e da França. Isto sucede-se em 1957, através do Tratado de Roma.
Este Tratado, estabeleceu uma união aduaneira, ou seja, um mercado comum aos países aderentes. Para que tal fosse possível, as barreiras alfandegárias entre os diferentes Estados deveriam deixar de existir. Foi também criada a PAC (Política Agrícola Comum), que defendia a adopção de medidas proteccionistas dentro do espaço da CEE e que permitia aos agricultores europeus evitarem a concorrência de outros países no mercado. No Tratado de Roma, ficou também estabelecido que os países só podiam fazer parte da CEE se reconhecessem os Direitos Humanos, fossem democracias pluralistas, manifestassem desenvolvimento social e tivessem solidez financeira.
No entanto, a credibilidade depositada no sucesso da Comunidade não era muito grande e só quando Jacques Delors ocupou o lugar de presidente da Comissão Europeia em 1985 é que se acalmaram os ânimos e surgiu um novo dinamismo. Este homem foi considerado um dos pais da União Europeia pelas medidas que tomou. Em 1986, foi criado o Acto Único Europeu, o qual previa a criação de um mercado único na CEE. Deste modo, era pretendido que pessoas, bens e capitais circulassem livremente pelo espaço económico europeu, reduzindo os entraves. Passou-se a usar uma moeda única em todos os países que aderiram, o Euro, cujo símbolo grego representava as raízes que os europeus tinham em comum.
Porém, este tipo de mercado trazia alguns problemas que precisavam de ser resolvidos, tais como: desentendimentos entre países, má organização, criminalidade e insegurança. Depois de Delors publicar o Livro Branco, em 1988, com a finalidade de explicar a necessidade da criação deste mercado, estavam lançadas as bases para que este se concretizasse em 1993, a data prevista.
No ano anterior, em 1992, foi feito o Tratado de Maastricht que pretendia aumentar as responsabilidades da Comunidade. Foi então criada a União Europeia e passou a existir a cidadania europeia, a cooperação política extena e a segurança comum. Em 1999, dá-se o Tratado de Amesterdão e o euro entra oficialmente nos mercados europeus. Foi também criado o Banco Central Europeu que tratava da política monetária da União Europeia. A moeda única foi o maior passo dado para a "Europa Unida" desejada desde o fim da II Guerra Mundial.
Erguendo-se novamente, a Europa surgiu cheia de força, igualando os EUA como potência comercial apresentado mão-de-obra muitíssimo qualificada e grandes redes de transportes e de comunicação.
Da Europa dos 9 para a Europa dos 25
Com a queda dos regimes autoritários que vigoravam em Portugal, Espanha e na Grécia, a CEE acabou por ter mais três membros, primeiramente pela Grécia em 1981 e depois pelos outros dois países em 1985. A Comunidade disponibilizou ajudas monetárias para que estes países pudessem reestrutar as suas economias atrasadas. Em 1992, mais três países se juntaram à UE: Suécia, Áustria e Finlândia. A Noruega também se candidatara, no entanto, acabou por não aderir porque o povo norueguês não rejeito através de um referendo. Estas nova adesões foram óptimas para a nova União de 15, uma vez que, todos estes novos países apresentavam economias bem estruturadas e sólidas que podiam ajudar economicamente.
Num tempo em que a Guerra Fria ainda estava presente na mente de todos e em que a ameaça do comunismo, ainda recente, não tinha sido esquecida, a União Europeia ajudava os países de Leste a começarem a dar os primeiros passos no capitalismo sem, no entanto, os deixar fazer parte da comunidade. Em 1993, através da Cimeira de Copenhaga onde os critérios de adesão se tornam oficiais. A UE, conta então, desde 1 de Maio de 2004, com o Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, República Checa, Letónia, Hungria, Lituânia, Polónia e Malta. Três anos mais tarde, a Bulgária e a Roménia passam também a abranger o grande leque da União Europeia.
Dificuldades de construção de uma Europa política
As opiniões dividem-se no que diz respeito ao futuro da União Europeia. Se por um lado se defende que devia continuar o mesmo sistema de colaboração, por outro existem defensores federalistas de uns Estados Unidos da Europa com um governo único. A Inglaterra opõe-se determinantemente a fazer parte desse governo federalista, assim como se opôs à adesão ao Euro. Mas, como este exemplo, existem muitos outros. Isso implicaria a perda de soberania dos países que fizessem parte da UE. Para muitos cidadãos comuns, a Europa é apenas o continente em que habitam e não lhes diz muito, o que se torna um entrave à adesão a esta medida federalista.
A União Europeia tem a obrigação de conjugar os interesses de todos os países que dela fazem parte e, por isso, o funcionamento das instituições é constantemente revisto. Em 2002, foi feita uma Convenção para o Futuro da Europa, que pretendia a criação de medidas para a aproximação dos europeus, estruturando a política de forma estável. Assim, surgiu um projecto de Constituição Europeia que instituiu, por exemplo, a eleição de um Ministro dos Negócios Estrangeiros para que a política externa fosse desenvolvida. Em 2007, foi assinado o Tratado de Lisboa que aumentou o direito dos cidadãos a participarem na vida política europeia.
Lista de países da União Europeia
Alemanha
Áustria
Bélgica
Bulgária
Chipre
Dinamarca
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estónia
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Hungria
Inglaterra
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Polónia
Portugal
República Checa
Roménia
Suécia
O Hino Europeu
É conhecido como o Hino da Alegria e é uma das sinfonias de Beethoven.
Trabalho realizado por :
Filipe Lima nº16
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