domingo, 15 de abril de 2012

Portugal e as relações com as ex-colónias

Após a revolução do 25 de Abril, do fim da Guerra Colonial e da independência das colonias que Portugal possuía e, mais tarde em 1986 com a entrada de Portugal na União Europeia, o nosso país decide estabelecer relações com os países que utilizavam a língua portuguesa, as ex-colónias, e também com Espanha e com as ex-colónias espanholas. Com a criação dos PALOP e da CPLP, Portugal estabelece relações com as antigas colonias com objetivos económicos, sociais, culturais, entre outros. Com a adesão a CIA, Portugal estabelece relações principalmente económicas com a vizinha Espanha e também com os países da América Latina.

PALOP
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, PALOP, criado em 1979, é um grupo formado por cinco países africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) com o português sendo língua oficial, que foram colónias de Portugal e que obtiveram a independência entre 1973 e 1975 com a Revolução do 25 de abril de 1974 e com o fim do Estado Novo e da Guerra Colonial.
Os PALOP
 
Angola
É o maior dos PALOP, é o mais rico em termos de recursos (petróleo, diamantes) e o mais instável em termos políticos. A distribuição da riqueza é desigual e existe um baixo nível de vida entre a população.

Moçambique
É o segundo maior dos PALOP, mas também instável em termos políticos e de violência, embora não tão preocupante como o caso angolano. Assistiu a inúmeras mudanças quer económicas quer sociais. Com os seus recursos destruídos pela guerra passa por uma fase de reconstrução económica principalmente.
Guiné-Bissau
Um dos países mais pobres dos PALOP, de pequena dimensão. Tem uma dependência alimentar enorme tal como um grande atraso tecnológico. Possui alguns recursos minerais por explorar.

Cabo Verde
O mais “calmo” dos PALOP, com algum progresso económico entre 1988 e 1995. A agricultura é a principal fonte de riqueza, tal como as divisas do turismo e as remessas dos emigrantes, mas a desertificação das ilhas tem comprometido as produções. É um dos países africanos com maior taxa de participação ativa da mulher na sociedade e na administração, e também um dos que mais têm combatido com sucesso o analfabetismo.

São Tomé e Príncipe
O mais pequeno dos PALOP. A maior parte da população vive nas mesmas condições em que vivia há 30 anos, com habitações precárias, pobres e com fome. Este cenário parece poder vir a mudar, o que abre grandes esperanças aos são-tomenses.
Estes países encontram-se organizados na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e vêm acordando protocolos com vários países e organizações relativamente a cultura, educação e preservação da língua portuguesa, entre outros. 
Localização dos PALOP

 

CPLP
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização entre países lusófonos. A CPLP foi criada em 17 de Julho de 1996 por Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, e São Tomé e Príncipe. Em 2002, após a sua independência, Timor-Leste foi integrado na comunidade.
Os países da CPLP

Tem como objectivos o bom funcionamento das relações internacionais e a cooperação económica, social, cultural, jurídica, tecnológica e científica. O principal objetivo é a difusão, manutenção e preservação da língua portuguesa a nível internacional.
Em Bissau, a Julho de 2006, foi realizada a VI Conferência de Chefes de Estado e de Governo no qual foram admitidos dois observadores associados, a Guiné Equatorial e as Maurícias. Na Cimeira de Lisboa, a 25 de julho de 2008, ocorreu a admissão do Senegal como observador associado. Como candidatos a observador associados existem a Andorra, Marrocos, Filipinas, Galiza, Malaca, Croácia, Roménia, Ucrânia, Indonésia e Venezuela. Macau e Goa candidatam-se a membros da CPLP.

A Comunidade é dirigida pelo Secretariado Executivo, que escolhe e implementa planos políticos para a organização.

As Conferências dos Chefes de Estado e de Governo são bienais e estudam as prioridades e os resultados da CPLP.
O plano de acção é tomado pelo Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores. Existem ainda encontros mensais do Comité de Concertação Permanente.

A bandeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa engloba oito asas em formato de círculo. Cada uma dessas asas representa um membro da CPLP.

A bandeira da CPLP


CIA
A Área Ibero-americana é uma região geográfica que compreende os três países da Península Ibérica, Portugal, Espanha e Andorra, e os da América Latina, antigas colónias, por ligação histórica, cultural e linguística. Este conjunto de países integram a chamada Comunidade Ibero-Americana (CIA) existente desde 1991.

É realizada uma Conferência Ibero-Americana em que se juntam os chefes de estado e de governo dos países ibero-americanos.

Esta comunidade, que representa mais de 600 milhões de pessoas em que cerca de 209 milhões falam a íngua portuguesa, com ligações ou relações de cariz educativo, cultural, económico, empresarial, científico e técnico.

Localização dos países da CIA

Aos olhos da União Europeia esta organização era vista como uma mais-valia e por isso a U.E. tornou-se o primeiro parceiro comercial da CPLP.

Concluindo é possível dizer que Portugal viu na formação e integração destas organizações uma oportunidade de preservar a sua língua nos restantes países que a utilizam e viu também parceiros económicos, culturais e sociais. 


Trabalho realizado por:
Bruno Fernandes nº8 

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